quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Mais um contributo ao meu Desafio - desta vez da Fábula


Que faz uma desocupada à janela? Faz planos para dias melhores.A janela estava fechada. Mais um dia tinha passado, como tantos outros, e ela em busca de uma outra janela. Perguntaram-lhe. Fizeram-no mais que uma vez. Que fazia ela o dia inteiro? Dormiria? "Dormir! Talvez sonhar."* A desocupação é um flagelo social... e pessoal. Não se percebe que uma pessoa possa passar o dia inteiro em casa sem nada fazer. Nada. E o que é que é "nada"? Nada de importante, pois claro. Eis aqui a fraqueza da não-resposta, um exemplo da vergonha de quem nada tem que se envergonhar.Que faz uma desocupada à janela? Os vidros da janela devolvem-lhe o reflexo, seu e da sua desocupação. Esse encontro consigo mesma é mais doloroso do que alguma vez pudesse imaginar... Como se liberta uma pessoa de si própria? O dia é grande! Gigantesco! De manhã a luz é clara, à tarde aquece. O final do dia, esse que se vê da janela, finda triste, finda nela...

* in Hamlet de William Shakespeare

terça-feira, fevereiro 27, 2007

o Bosque da Robina Faz 3 anos

Parabéns...
aqui esta a minha prenda de aniversário

No bosque da Robina
Perdi-me e encontrei-me
Já ri a gargalhada
Fugi do disparate
Refugiei-me na beira da estrada
Com tamanha obra de arte
Sou donzela desprotegida
Neste bosque encantador
Qual Musa encantada
A espera de trovador
Entre a folhagem verde
Pintada com belos castanhos
Protejo o meu belo peito
Do desnude total
Com receio de ser vista
Procuro no meio das folhas
Um capa bem Bonita
Para puder usar
Na festa que esta prevista

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

A essencia da Psique...


o desafio do Finurias la no seu Ministério




Brincar com as palavras

Com esta torrente de palavras
Que irei imaginar que meta coxas
Lábios, braços e pernas
Mas sem de sexo falar...
Que desta boca não saiam fragmentos
E deste meu gesto sentido
Hei-de demonstrar a paixão
E usar o vermelho sangue
Para dominar os risos
E os ignóbeis murmúrios
Que iram ter ao ler isto.
É que o Inverno foi rigoroso
E os traços esmagam a matéria ...
O chão funciona como íman
Que me atrai a escrita
Saio com preeminência
Sendo sempre a rapariga dócil
Que não sabe nem aprende...
A escrever em prosa
E que assim luta
Com as palavras
E a frieza do dia a dia

domingo, fevereiro 25, 2007

resposta ao desafio - Claras em Castelo

Não tirava os olhos da janela e sem dar por isso levantou-se e a testa encostou sentindo o frio que lá fora fazia.
Com o olhar perdido atravessou-a e foi envolvida pelo nevoeiro.

Sem saber como se iria encontrar, deixou-se dissolver em finíssimas partículas de água e a brisa encarregou-se de as espalhar pelas matas.

Salvou-a o raio de sol que o nevoeiro fez desaparecer.

sábado, fevereiro 24, 2007

mais um desta vez do Rafeiro perfumado

Toma lá, Gorducho!


O Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Dr. José Magalhães, veio a público dizer que as viagens de baixo custo facilitam o acesso à escravatura. Curioso, eu sempre pensei que permitissem o acesso a viagens para pessoas com menos posses. Mas afinal não, este senhor, do alto da sua sabedoria, concluiu que é um canal pelo qual se facilita o tráfico de pessoas, como se o tráfico estivesse dependente de mais ou menos 150 euros por pessoa. Estou mesmo a ver que a solução irá passar não por um controlo das pessoas que circulam mas por um aumento ou extinção deste tipo de tarifa, ou não estivéssemos na presença de um iluminado.

Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, deixo-lhe aqui uma humilde sugestão: vamos lixar esses sacanas dos gordos, que andam a fazer aumentar a percentagem de obesos por esse mundo fora. Não, nada de incentivar comida saudável ou prática de exercício físico. Basta aumentar o preço da comida...

Um grande RAUF para todos!

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

A.Roma - A neura- Resposta ao desafio

Invadir O Horizonte Para Povoar O Teu Retrato

I
Pobre janela de horizonte generoso!
Quis mostrar-me na natureza ampla
Como eras inacessível,
Mas quando falava da tua impossibilidade
Uma espada namorava o meu pescoço
E em minha defesa trágica
Generais espreitavam-te com cobiça,
Os olhos eram vícios inflamados de tirania
Requisitando a cada veia um soldado.
Um exército grita no meu corpo a promessa
De conquistar-te em cada canto da terra.

II
Em ávidos assaltos envolver-te com relâmpagos.
Marcar um abraço firme em cada pântano.
Lutar corpo a corpo contra a fuga da alma mágica
Enterrar vivos, de vez, os fantasmas do escurecer.
Castigar os anseios de ambos a amores forçados
Guilhotinar os medos entre as tuas coxas.
Vendar os olhos da traição contra o muro do peito,
Executá-la e lavar-se no seu sangue
Para escrever no teu ventre piedoso
Que sou teu quando sou livre
Fiel por ambição e tímida vocação.
Que sou teu nos grilhos do sonho
Vageando em toda a calcada terra,
Nos sete ou mesmo mil e sete mares,
Em cada céu desenhado para esperares
Que cumprirei a promessa do nossa coroa.

III

Uma nova era! Eras capaz de aprovar?
Plantar profundos desejos fundidos nos teus
Fundar uma civilização de vontades sábias.
Traçar uma cidade com as manchas curvas do
Suor da paixão amontoado nas margens dos rios.
Gravar na memória colectiva a una sombra
espelhada das noites calorosas de lua cheia.I
luminar as ruas com a seda dos teus cabelos,
Construir casas assentes num centro sagrado
Apontado à luz por uma janelinha,
que apenas mostra sobre a toalha que cobre
O teu corpo lavado
Um sorriso estendido para amansar o infinito
E afastar o escravo tirano
Que me absorve de cegueira.
Não há conquista como ver o teu retrato
Nas paisagens que te imitam os traços
Quando não podes fechar a cortina
E deitar-te em mim.

Cris - Palavras de Algodao -resposta ao meu desafio

JANELAS DO TEMPO

Lembro-me de como brincava às escondidas,
Esquecida dos gestos que me denunciavam,
Recordando os risos!
Da imensa felicidade tonta
Daquele não pensar em nada,
Que vasculhava,
Se mesclava com o escuro,
Atrás de tantos muros!

Estou a encaracolar a memória entre os dedos, distraída...
Escondo-me das lembranças.
Permaneço atrás do muro ainda,
Calada, quieta, aninhada,
Rindo, cúmplice...
Mas bastou um ligeiro movimento em falso,
Bastou um estalido,
Este meu sorriso,
Para que as lembranças me descobrissem.
Levam-me, aos ombros, vitoriosas!

Já me estou, agora, olhando,
Qual janela virada ao tempo.
Caiu-me a memória das mãos.
Pousou na ombreira daquela janela,
Qual vaso de sardinheiras cíclames.
Foram-se as lembranças,
Já não estou distraída.

Observo o nada, que me absorve.
E penso, olhando pela janela:
O ontem não é breve…
Demora!


Quando o olho,
Faço dele presente,
E acabo cerrando os olhos,
Para ver melhor ainda,
Para sentir saudade,
Sonhando com as lembranças,
Enfeitando com a memória,
Tantas janelas dum tempo,
Como esta, por onde estou olhando...

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Peciscas - mais uma resposta ao meu desafio


Obrigada

o meu carnaval




Desculpem as más fotos... mas apeteceu -me partilhar ... alguém adivinha de onde são???

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Finurias

Imagem
Imortalizo-te,
Transformo em pincéis,
as pontas dos meus dedos,
e com eles coordeno as tintas do desejo

Transformei-te em tela
Só para minha satisfação...

Fatyly

Através da janela dos meus olhos, pouso na escuridão da noite ...revendo a claridade do meu dia!
Fatyly

respostas ao desafio da ELIPSE

Pela calada da noite arde uma chama;
ou é pela chama que a noite se cala;
ou se deita a noite na chama, calada
Seja como for, há sempre madrugada
E é lá do outro lado da janela,
(Já a noite finda, já o sol desperta
Já a cama se cansou de estar à espera)
Que o dia desponta e a esperança me engana.
Elipse

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Desafio- uma foto, um texto, poema, frase, ideia


enviem para psique32@gmail.com
obrigada e bom desafio
postarei o meu texto na quarta

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Pensamento do dia


E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Fernando Pessoa

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

??


A magia morreu... ou estagnou???

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Reviver o passado


Todos os dias o electrico passa a minha porta.
que vos inspira esta foto???

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Do Livro Sputnik, meu Amor

Foto da net "O gelo é frio e as rosas são vermelhas. Estou apaixonada. E este amor vai de decerto arrastar-me para longe. A corrente é demasiado forte, não tenho escolha possivel, Mas já não posso voltar atrás. Só posso mesmo deixar-me ir com a maré. Mesmo que comece a arder, mesmo que desapareça para sempre."


terça-feira, fevereiro 06, 2007

Deixei


Deixei a porta aberta
para puderes entrar
Deixei o meu pensamento
Submerso
Naquela entrada
Deixei que me esquecesses
Para mais tarde recordares
Deixei que vida
Seguisse
No correr do mar
Soube um dia mais tarde
O que seria amar
Deixei esse amor florescer
Sonhar e crescer
Naquela tarde
Deixei assim de viver

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Quebramos os Dois - Toranja

************ Quebramos os Dois ***********

Era eu a convencer-te que gostas de mim
e tu a convenceres-te que não é bem assim...
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro
e tu a argumentares os teus inevitáveis

Eras tu a dançares em pleno dia
e eu encostado como quem não vê
Eras tu a falar para esconder a saudade
e eu a esconder-me do que não se dizia

... afinal quebramos os dois...

Desviando os olhos por sentir a verdade
juravas a certeza da mentira
mas sem queimar demais
sem querer extinguir o que já se sabia

Eu fugia do toque como do cheiro
por saber que era o fim da roupa vestida
que inventara no meio do escuro onde estava
por ver o desespero na cor que trazias...

... afinal quebramos os dois...

Era eu a despir-te do que era pequeno
e tu a puxares-me para um lado mais perto
onde contamos histórias que nos atam
ao silêncio dos lábios que nos mata...!

Eras tu a ficar pors não saber partir...
e eu a rezar para que desaparecesses...
Era eu a rezar para que ficasses..
e tu a ficares enquanto saías.
... não nos tocamos enquanto saías.
não nos tocamos enquanto saímos.
não nos tocamos e vamos fugindo
porque quebramos como crianças

...afinal quebramos os dois...

...e é quase pecado o que se deixa...
...quase pecado o que se ignora...

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

estou em reflexão

Gostava de:
saber que estarás sempre aí,
saber que o sentimento é comum ,
saber que a vida ainda nos vai surpreender,
saber que contigo tenho tanto a aprender
saber que podemos ser um só
saber que nunca é tarde
saber amar-te
Ai ! Como gostava de saber se gostas de mim.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007