quarta-feira, janeiro 24, 2007

texto2 -da Fatyly

Um calor tomou conta dela, hoje vou ser eu a roubar-lhe um beijo!
Levantou-se e foi na direcção daquele olhar, olhar que a tinha preenchido totalmente. Deu-lhe um beijo tão suave que a cidade parou e num silêncio total pediu que o seguisse. Sem a largar, foram em direcção da Torre Eiffel como dois pardalitos saltitantes.
Filipe parou e disse-lhe: Olha, foi a forma que encontrei de dizer-te o que me vai na alma.
Ela não queria acreditar no que via e deslagando a sua mão deu dois passos em frente. Com o olhar toldado pela comoção leu: Não vou voltar, ficarei porque arrangei trabalho e inscrevi-me na faculdade! Queres ficar comigo?
Filipe abeirou-se dela e abraçando-a por detrás cruzando os braços sobre o seu peito, sussurou-lhe ao ouvido ...porque TE AMO!
Paris acendeu mais duas luzinhas no seu já longo manto de LUZ!

http://o-cantinho-da-fatyly.blogspot.com/

terça-feira, janeiro 23, 2007

texto1-Ines

Ele não estava. De onde é que vinha aquela imensa desilusão que tomou conta dela? Estaria tão habituada à solidão que deixou de saber estar perto de alguém. Por momentos tudo lhe veio à cabeça, as brincadeiras das amigas a dizerem "Ah Paris, a cidade do amor..!!!", o namorado que deixou em Portugal - sem pena, os passeios solitários nas ruas movimentadas de Paris que de repente lhe pareceram cheias de amantes. Foi invadida por uma tristeza que não soube disfarçar. E de repente, ele apareceu. Olhou-o com medo, mas os olhos dele mantinham a mesma vivacidade e o mesmo interesse. Um calor tomou conta dela, hoje vou ser eu a roubar-lhe um beijo!
http://ocantodaines.blogspot.com/

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Desafio.

Desafio
caros amigos e leitores desafio - vos a completarem esta história. se puderem divulgem.. obrigada

Aqui esta ela


Gosto muito desta cor, tem tamanho para mim ? (diz a cliente à empregada do pronto-a-vestir) !
- A empregada nem olha, responde que não!

Ela sai e entra na segunda loja. Olha e nada lhe agrada. Entra no café, pede um expresso e pega no seu livro. Lê as primeiras linhas, e pensa: "a única coisa que me faz sentir mais próxima do meu Portugal, são as revistas e os livros que a mana me envia mensalmente" Olha ao seu redor e senta-se na esplanada a olhar o Sena.

- Quando optou por viver em Paris, nunca pensou sentir-se tão só. A revista para a qual colaborava em Portugal convidou-a para ser relações públicas em Paris. Aceitou quase de imediato na inocência dos seus vinte anos. O desejo de aventura e o currículo, fizeram com que fosse irrecusável tal convite. Agora passado quase um ano, sentia a falta do seu sol, da sua língua, dos amigos e da família. Naquela manhã de sábado decidiu gastar dinheiro, mas nada lhe apetecia. Até que parou naquele café e se sentou na esplanada. Em frente, sentados no chão um grupo animado conversa. Disse para si: "serão Portugueses !?". 5 jovens de mochila às costas. Pagou o café e aproximou-se, eram realmente portugueses, ouviu-os falar a língua materna e decidiu meter conversa. Simpáticamente a convidaram para almoçar. Estavam de férias, as últimas férias sem responsabilidades... diziam. 4 deles iriam começar a faculdade, e o 5º começaria a trabalhar, dificilmente teriam outra oportunidade para viajar juntos. Estariam em Paris mais 2 semanas, regressariam a Portugal no final do mês. Perguntaram-lhe se conhecia alguma pensão onde pudessem ficar, ela indicou-lhes a mesma pensão em que estava a viver. Não era cara, mas era limpa e a comida era óptima. Foram até à pensão, e de todos eles havia um que quase nada tinha dito, mas que a olhava como nunca se tinha sentido olhada... Era moreno, olhos verdes, cabelo curto desalinhado. O olhar dele incomodava-a , sentia -se atraída por ele. Era o único que não iria para a faculdade, segundo os amigos não tinha paciência para estudar. Almoçaram todos juntos animadamente. À Noite encontraram-se, foram até ao Pigalle, queriam ir ao Moulin rouge. Os 4 combinaram ali ficar. O Filipe (era assim que ele se chamava) ficou com ela... Foram andando, conversando, até que a mão dele agarrou a dela e olharam-se, beijaram-se... Aquele beijo deixou-a completamente desprevenida, as suas pernas tremiam, o coração batia aceleradamente. Pediu-lhe desculpa e foi-se embora. Ele ficou imóvel vendo-a partir. No dia seguinte encontrou-se com os outros 4 amigos, para tomar o pequeno almoço. Ele não estava...

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Desafio

Ola venho informa-los de um desafio.
o Finurias tem um desafio no ministerio http://www.cagalhoum.blogspot.com/ eu já la fui e este foi o resultado.

Parei nas escadas
Pensei em ti
E no cheiro a sexo
Que ainda está em mim...
Contigo perco o Norte
Adoro-te de todas as formas
Olho-me ao espelho
Ajeito a roupa e suspiro
Sinto-te
Fecho os olhos...
Sinto o teu sexo a penetrar-me
A tua pele na minha pele
O eco dos gemidos
A voz rouca
A nossa audácia junta...
A água a escorrer pelo meu corpo
No banho que tomámos
Vislumbro esta tela
Como se de um filme tratasse
Por momentos esqueço os retalhos de uma vida...
Entro e sento-me
Peço um café
Olho para o seu negrume tom
Todos os meu sentidos vivem
A morte não é para mim

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Magia - Este é meu


Magia...
quero a magia do teu olhar
a magia da tua paixão...
quero sentir no amor
essa mistura essa explosão
quero ver em ti a paz
a liberdade e o rubor
daqueles primeiros tempos
daqueles momentos passados
na sombra e no segredo
no desejo de um enredo
na vontade de ficar
sempre que tínhamos de ir
que fizemos da magia
que fizemos amor
da paixão
e do ardor
que fizemos ???
que fazemos??
para sentir esta dor

Não hoje não Saio

Maria Teresa M. Carrilho

Não, hoje não saio
eu quero ficar
no espaço dum cantinho
que é só meu
Não, hoje não falo
eu quero escutar
as palavras floridas
dum canto
que me entonteceu
Não, hoje não vou respirar
eu quero confundir
a minha vertigem
com a tua vertigem
e ser só um todo
ou um nadan
um mundo que emudeceu...

O Esplendor das Madrugadas, 1998 - Lisboa, Portugal

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Hoje estou assim

Sou uma insatisfeita, uma fútil e mesquinha
refilo, ignoro e continuo
estou cansada não dos outros mas de mim

hoje acordei assim
cheia de pena de mim
Olho-me ao espelho e digo
Para criatura,
Olha a tua volta
Tens uma casa para viver
Um armário cheio de comida
Outro de futilidades

Para de te queixares
de teres pena de ti
Olho-me novamente
e digo me tens de fazer uma dieta
Tens de gostar de ti
Vai anda pára te lamentares
Vai viver a vida
Pára e pensa nos outros
E deixa a futilidade
E vive com qualidade

terça-feira, janeiro 09, 2007

Ainda numa de Sergio Godinho

MELHOR QUE O AMOR


A gente namora
a gente decora
juras intemporais
e o prazo caduca
e há gente tão louca
Se for pensar bem nisto
a isto se resumer
e nasce-se das cinzas
para ir buscar mais lume

Melhor que o amor
só mesmo o melhor
melhor que o melhor
só mesmo o mesmo
do amor
e melhor que o amor
só fazer amar

No centro comercial
passeia uma casal
mão na mão, tête-a-tête
No t-shirt escrito
Num ingles convicto
“Portuguese do it better”

E atrás da vitrina
Um cãozinho acena
“que me vai querer comprar”
e graceja o rapaz
“se eu fosse chinês
já tinhamos jantar”
e a rapariga ri, diz:
“ e eu levo as cobras
sou eu que te comando
e és tu que me manobras”
Discretos, no fundo
amaram-se ao som do
rock mais heavy que há
e ninguém da vizinhança
soube que outra dança
se dançava por lá
p’ra corpo tão heavy
que leve que vens
deixa-te cair, diz
quem está de parabéns

Melhor que o amor
só mesmo o melhor
melhor que o melhor
só mesmo o mesmo
do amore melhor
que o amor
só fazer amar

Pinta-se aguarelas
vai-se dentro delas
rumo ao lar, doce lar
E um à vez desenha
com um lápis, a lenha
com que se há-de queimar
E vê-se da varanda
subir as chamas
depressa as apago
repete só que me amas
Eis chegados os dias
das autobiografias

Com muitos uis e ais
da minha, o que importa
é uma frase curta
quarto verbos banais:
como por prazer
e por prazer bebo
beijo e toco um corpo
que por amor percebo

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Sou Vaidosa




Para quem não me conhece pessoalmente, confesso sou vaidosa.
Adoro trapos, sapatos, e maquilhagem.. mas também não pensem que sou uma arvore de natal toda enfeitada...
Gosto de um rímel e de uma sombra e ponto... não uso mais do que isso ... ontem no utilizo o tempo para mim foi o que deu gastei uma fortuna em maquilhagem... Mas deviam -me ter visto a experimentar aqueles rimeis todos, foi demais... Diverti-me imenso.
E confesso que gostei do resultado final sou mesmo vaidosa


Tempo



Tempo
Sempre que falo de tempo, ocorre-me a falta de tempo
A falta de tempo para mim, para as minhas coisas
Para as pessoas que gosto, as que partilho as minhas coisas, os meus gostos, desgostos e afins...
Hoje tomei uma decisão...
Não me vou queixar mais da falta de tempo... vou é arranjar tempo para todas as coisas para as quais não costumo ter tempo...

Hoje vou dedicar-me a mim e ao que gosto, vou ler, escrever, sorrir, brincar, partilhar contigo o que me vai na alma.
Hoje vou ser eu... sem meias medidas... sem rede
Vou deixar o preconceito, os tabus e as inseguranças e vou correr atrás... se cair levanto-me e recomeço tudo de novo...
Hoje vou ser EU que comando o tempo...

quinta-feira, janeiro 04, 2007

2007

Pois 2007 já começou mais um ano mais uma roda viva...
Mais um inicio de reuniões para definir estrategias, planos, objectivos...
Mais um ano para ser mãe, mulher, amante, crente
Mais um ano para tentar ser Feliz, mais um ano para viver
Mais um ano..

beijos psique

A noite passada - Sérgio Godinho

A Noite Passada
Sérgio Godinho

A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia"
ri-me de ti "então porque não voas?"
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste
A noite passada fui passear no mar
a viola irmã cuidou de me arrastar
chegado ao mar alto
abriu-se em dois o mundo
olhei para baixo dormias lá no fundo
faltou-me o pé
senti que me afundava
por entre as algas teu cabelo boiava
a lua cheia escureceu nas águas
e então falámos
e então dissemos
aqui vivemos muitos anos

A noite passada um paredão ruiu
pela fresta aberta o meu peito fugiu
estavas do outro lado a tricotar janelas
vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
cheguei-me a ti disse baixinho "olá",
toquei-te no ombro e a marca ficou lá
o sol inteiro caiu entre os montes
e então olhaste
depois sorriste
disseste "ainda bem que voltaste"