segunda-feira, março 05, 2007

O que foi


Sabes aquele por do sol
Que vimos juntos?
Nunca mais o vi

Sabes aquele beijo que demos
Ao portão da tua casa
Nunca mais o dei
O que fizemos do tempo?
O que fizemos da paixão?
O que sobrevive da ilusão?
O carinho!!!
Isolado num cantinho
Bem lá no fundo do teu coração

As mãos dadas nos passeios
A beira-mar
Foram trocados
Por um simples olhar
Os beijos dados
No cinema
Deram lugar
a um pedido de silencio

Porque que tudo
Mudou ??
Mudei eu
Ou mudaste tu?

14 comentários:

jorge esteves disse...

Ou mudou só o olhar?...
(é que há coisas que só são vistas quando ajudamos, ou nos ajudam, a olhar)
Um abraço

Pedro Branco disse...

Voltei a pedir o pôr-do-sol e ele veio.
Voltei a procurar o portão da tua casa e ele lá estava; firme.
Voltei a querer as ondas e elas não se deixaram mortas.
Voltei a ter as mãos mas elas não eram tuas.
Voltei ao cinema e o filme era outro.
Voltei a tudo isso. Sem ti. Porque demos um novo sentido ao que temos.
Tenho de olhar melhor...

Toze disse...

Todos mudamos...aos poucos !

Anónimo disse...

Ouvi dizer para aí que "o mundo é feito de mudança", o meu complexo de culpa nunca mais me deu descanso. Juro que nã fiz nada, nã fui eu, juro.

Anónimo disse...

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

Beijinhos

Dragon Soul disse...

Oi Psique, engraçado, o meu post de amanhã também vai ter um por-do-sol, e fala de tempos já idos ;)
Peixinhos

Anónimo disse...

Houve um tempo em que [nos] diziamos, tanto, tanto!
Era a época em que nasciam todas as estações nas nossas mãos.
Lambuzavamo-nos com o doce que pingava das nuvens e gostavamos de ficar assim, tranquilos, ouvindo os braçados de vida que tinhamoss para contar.

Houve um tempo que não existia para mais ninguém, que nos rodeava,que nos fazia bailar na eira! Era um leito alvo de linho, e, os nossos corpos partilhavam desfolhadas, noite fora!
Colhiamos tantos ramos de papoilas, tantos, enquanto deixavamos que o coração corresse ladino pelas alamedas, entretendo-se a adorná-las com carícias coloridas.

Houve um tempo em que bordava a tua espera com pontos de ansiedade.
Mas cada chegada estava tão carregada de frutos de beijos, trazidos por ti.

Houve um tempo que [apenas nós] habitámos.


.......


Será que ainda conseguimos ouvir o vento?
Talvez consigamos...
Mas não vamos mais sentir o algodão doce das nuvens, nem sorrir porque estamos tão lambuzados que não nos separaremos nunca, porque as nossas mãos se tornaram desertas daquele tempo que foi tão [só] nosso...

psique disse...

Tinta permamente
mudou olhar e a forma como o fazemos
Pedro branco obrigada pela visita volata sempre e o teu poema é belo

Tozé se mudamos...

Erecteu esse poema o meu pai dizia-mo sempre que eu estava triste...

Sr. antonio é a chamada telepatia..lol

Cris como é belo o escreves obrigada

Anónimo disse...

Custa mas a melhor opção é encararmos de frente a mudança!
Lindo e comovente!
Beijos

Ness Xpress disse...

Os Homens não mudam. Descobrem que para lá da novidade dos sentimentos há pormenores que não se conjugam a dois. Quando a importância desses detalhes aumenta dá-se, diz o Reininho, e bem, o choque frontal. Muitas vezes fica a ternura, e sabe bem recordá-la.

Xinha disse...

Mudaram os dois... :) todos os dias...

psique disse...

Fatyly como sempre.
Ness xpress as boas recordações são sempre o melhor

Xinha pois mudaram...

Dragon Soul disse...

Psique, estou à espera de um "postezito" novo por estas bandas ;) quanto ao emílio daqui a pouco transmito ;)
muitos peixinhos

psique disse...

Conceição bonitas palavras...obrigada pela visita

Sr. antónio ja ca esta