sábado, março 31, 2007

VAZIO

"De repente o vazio. No momento em que em que não estava à espera. O vazio. sabes como é, claro. Quando se perde a direcção e o sentido e o tempo é uma muralha levantada a nossa frente. O tempo, por vezes até parece que somos nós que o fazemos, que somos nós que o temos de fazer. Olha, como um tecido que agora pegou fogo"... in Nos teus braços morreriamos de Pedro Paixão

12 comentários:

Fábula disse...

o tempo não pára, mas somos nós que decidimos o que fazer com ele. qto ao vazio... bem... é muito chato ser-se apanhado por ele! ;)

Fatyly disse...

de facto...

Abssinto disse...

Lembras-me o quão apaixonada e devotamente leio os livros deste autor... Soberbo na sua nudez.

bj

Erecteu disse...

...que arde sem se ver

Anónimo disse...

Do mesmo livro, desse escritor que vejo que adoras :-)

Deixo-te um excerto dum outro txt, que se pode ler, mais adiante, mas que completa este que escolheste, neste livro.
Deu-lhe o nome:

O fim é muito depressa

[...]
Nunca se sabe o que é para sempre, sobretudo nas coisas do amor. E era uma coisa do amor, isto tudo. São tão estranhas as coisas do amor que não se compreendem por inteiro. Tem de se estar sempre a fazer suposições. Nunca se sabe como e até que ponto e até quando. [...]
Quando se perde tudo pela primeira vez fica-se com o terror de perder todas as vezes. [...] O primeiro amor dá cabo de nós. E o último é sempre o primeiro.
[...]
Talvez seja darmos demasia importancia ao que não merece. Talvez a palavra amor seja o subtil instrumento para ajudar a correr o tempo quando ao redor só há desejo e medo e todos os sítios onde se procura o refúgio estão em chamas.
[...]
Esperei muitas horas.
[...]
Eu também não gosto da vida que levo e é esta que tenho.


E, agora, Amiga, pega no excerto que é como que a continuação do texto, que presumo, ser um estado de espirito, um estado de alma.(tua, atrevo-me a dizer)
Cabe a cada um, cabe a ti, impedir que se instale um vazio.

Deixo-te um lugar comum: "fecha-se uma porta, Amiga, mas, ainda que não te dês conta, há uma janela que se abre.
De repente sentimos a corrente de ar, e vemos que está aberta...
É a oportunidade. Há que aproveitá-la e muda-se o rumo e o tecido que começou a arder, apaga-se....ou arde, mas de uma outra forma, como aqui alguém referiu.

Um beijo, meu doce.
Este era um dos livros que eu te iria indicar por ser absolutamente fantástico!

Boa semana, Amiga.

Rafeiro Perfumado disse...

Vazio... nunca deixes a tua vida ser dominada por esse sentimento, grita, luta, esperneia, mas vazio nunca!

Fresquinha disse...

Não limpásses a mente. Vês ? :-))))

Ness Xpress disse...

Gosto de subir ao cimo dos montes. Olhar o horizonte lá de cima. Encher os pulmões com o ar, de preferência, aquele ar fresco das manhãs, e olhar ao redor, dar uma volta completa e pensar que todo aquele imenso território está ao meu alcance. Depois penso que já ficarei feliz se chegar à ponte antiga, de pedra, que vejo lá ao fundo e recorta o caminho de terra, já de si rasgado pelo rio que corre por entre pedras.

Esse enorme vazio torna-se, de repente, totalmente preenchido pela ideia de olhar a água de perto, do cimo da ponte de pedra.

Dragão Azul disse...

Quando menos se espera lá vem o vazio, uma realidade que se tem que contornar o mais deppressa possivel...

Saudações Azuis

http://blogdodragaoazul.blogs.sapo.pt/

psique disse...

O vazio não era meu... era o do livro... beijos a todos

Anónimo disse...

Nada acontece por acso, tal como nada é escolhido por acaso...;-)

Ele tem textos fabulosos!
A não perder, por nada!

Beijo, Linda *****

Claudia disse...

Agora também é a minha vez de dizer, este conheço eu!!!

Beijo grande